Erro logo existo!

Erramos porque somos livres,  mas o nosso maior erro é acreditar que somos livres.

Isto apenas a propósito do amor pois tudo começa e acaba no amor.

E, no amor o que nos tira a liberdade são as marcas.

Que já amou, quem se deu, se entregou por inteiro e foi traído, transporta consigo marcas que o tempo por si só não apaga.

São marcas que mancham o futuro.

Marcas que tiram a liberdade porque impedem que nos centremos no presente. As memórias do passado condicionam, aprisionam e impedem que se corra riscos.

Amar e deixar-se amar passa a ser aquilo a que mais resistimos ao longo da vida.

Fingir que não temos estes dilemas interiores é cómodo , ignorar a batalha que se trava entre o lado racional e emocional é ignorar o medo mas, ele está lá.

Os que se protegem do amor, também sonham amar e ser amados mas têm tanto pavor de sofrer, de ser rejeitados, de amar de mais ou de menos ou de não serem retribuídos que não avançam nem se entregam.

Viver a vida pela metade mais segura, é muito mais fácil mas não deixa de ser meia coisa.

E, é uma pena porque regra geral são pessoas sós com muito amor dentro de si. Pessoas que sabem o valor do amor verdadeiro, pessoas que já sofreram, já deram e se entregaram.

O amor é lindo, é essencial mas pode ser incómodo porque comporta riscos.

Por vezes, o medo é tanto que só no anonimato das páginas de um blog se assume que precisamos  e ansiamos por ele.

E então ai, para nós e para os outros fingimos que não importa o que fomos mas, o que somos no aqui e agora. Fingimos que estamos dispostos a amar e ser amados, fingimos que somos livres e que como tal existimos.

Erro logo existo!.

publicado por Subjectividades às 15:00