A rapariguinha que há em mim

Não crê na fada dos dentes

Mas pede desejos às estrelas cadentes

Não tem medo do papão ou de gigantes

E ainda ri como dantes

Sabe que não há pai natal ou bruxa feia

Mas faz castelos na areia

Não usa bibe nem soluça pela mãe

Ainda acredita no bem

Já não adormece ao som de Era uma vez

mas guarda a fantasia

das histórias que ouviu um dia

Não brinca no escorrega nem no carrossel

Não é traquinas mas vive como se fosse

Gosta de algodão doce

Não dá a mão para entrar na roda

Não joga à apanhada ou ao pião

Mas tem o mesmo coração

Não usa tranças mas guarda lembranças

Cresceu...

Já descobriu quase tudo

Mas, de vez em quando

Ainda tem medo do escuro!

A rapariguinha que há em mim...

publicado por Subjectividades às 09:40