Apetecia-me

31.03.08

É em vez de estar aqui atolada de papéis apetecia-me era tomar um café com natas...juntar um grupinho e trocar ideias.....

Comer um doce cheio de canela assim do tamanho de uma jangada, conversar, rir, abstrair-me um pouco!

Não sei se poderia levar comigo a minha amiga gata Bichana mas como ela diz que faz macumbas lá nos arranjávamos . Gostava de ter também a irreverência da infiel, o mundo da lalunia , a pintura surrealista da Inês, a música clássica do Pingo de mel, ouvir falar de amor a estrela do sul, ter presente a espiritualidade da Emanuela , a meiguice da Ana Maria, o brilho da Pérola, a doçura do fugitivo. Rir com a Jianna que se anda a sentir meio só, conhecer a coisas de coração que hoje tá arreliada, ver se a Ramo de cheiros tá muito magoada, tirar as lágrimas á lágrima tua....

Era óptimo ter alguém cuidando de mim mas para ser demasiado justa ou não queria era ter muita gente á minha volta que me disse-se alguma coisa....

Tantos amigos virtuais que eu já fiz....

E depois era óptimo ter o João cordeiro a tomar notas quem sabe para um próximo livro, o jmack a tirar fotos e quem sabe a ganhar algum prémio!

Ia ser divertido neste ultimo dia de Doce Março, abstrair-me de tantos papeis.....

Pois meus amigos, desculpem se me esqueci de alguém não quero nada complicar mas agora vou mesmo tomar um café sem açúcar ...para ver se deixo de sonhar!

Um bom fim de dia para todos vocês.

publicado por Subjectividades às 15:54

Ano Louco

27.03.08

Pois é meus amigos, este mundo da Net é mesmo muito peculiar!

ANO LOUCO é um livro escrito pelo João Cordeiro como muitos de vós sabem, o que não sabem foi que por uma feliz coincidência ele foi-me oferecido.

Na sequência de uma visita minha ao blog SONHADOR EM FULL TIME para retribuir um comentário aconteceu eu ser a visitante 15.ooo . Não prestei atenção porque realmente nunca ganhei nada de borla mas, atencioso como é, o João fez o favor de me informar e de me enviar o seu livro.

Tenho a dizer-vos que gostei imenso.

É um livro como eu já referi a que se volta muitas vezes. Um livro que aborda o mundo dos afectos, o interior, o eu e onde o autor consegue que o leitor tenha uma imediata identificação com todo esse universo.

Começa com o relato da infância do personagem principal e vai andando até acontecer o Ano Louco.....

Isto não é nenhuma crítica literária, é sabido que eu gosto muito de ler, leio coisas boas e coisas más mas em relação a este livro deixo tão só a minha opinião e a sugestão para que se possam leiam porque vale mesmo a pena.

Ao meu amigo João Cordeiro mais uma vez o meu obrigado.

 

 

Ps- Peço desculpa mais uma vez por não perceber nada disto de Links, já ontem não consegui passar o apelo do Fábio, mas quem quiser visitar o Blog do João vai ter mesmo de copiar o endereço!

publicado por Subjectividades às 09:42

Era uma vez...II

26.03.08

Pois é, a princesa simples transformou-se, renasceu....

Mas não pensem por isso que tudo passou a ser mais fácil. Não, continua a ter dias menos bons, alturas em que não se sente nada inspirada, momentos em que o nevoeiro se torna tão denso que não deixa vislumbrar o sol.

Continua a cuidar das suas flores mas no entretanto outros perfumes foram aparecendo e a sua solidão já não é tão pesada.

Hoje é muito mais feliz!

Resolveu-se, sanou conflitos e revoltas. Carrega consigo as cicatrizes, lembranças de tempestades e vendavais não como um fardo mas como obstáculos ultrapassados que a fizeram crescer, como algo que ela precisou de viver para trilhar outros caminhos.

Hoje a princesa simples que aprendeu a ouvir o coração sabe que vai ser sempre uma princesa simples, que nunca se vai chamar Cinderela , que o seu reino desencantado é o que ela fizer dele que não existem fadas madrinhas mas que ninguém está sozinho . 

Existem flores, perfumes e o que o amor é o mais sublime dos sentimentos. Tudo isto ela deve à voz, aquela voz que um dia lhe apareceu do nada e que ela guarda no coração.

É, esta história não acaba com " E viveram felizes para sempre" mas acaba com a princesa simples que de seu só tinha três lindas flores, muito mais rica, muito mais sábia, muito mais feliz, vivendo um dia de cada vez mas com muito amor no coração.

publicado por Subjectividades às 10:42

Era uma vez...I

25.03.08

Para a princesa simples, embora ela ainda não o soubesse, aquele abraço marcou um momento de viragem.

Ao começar a ouvir com o coração, a sua percepção das coisas alterou-se.

Começou por assim dizer uma transformação, um renascimento.

A pouco e pouco, a princesa simples que vivia num reino desencantado e só tinha três lindas flores, começou a entender e a aceitar as ervas daninhas, começou a focar o seu olhar no horizonte, começou a trilhar outros caminhos, dos seus olhos começaram a brotar lágrimas, o seu sorriso transformou-se, tornou-se luminoso pleno, de tal maneira que até as suas flores notaram.

Pacientemente a princesa simples tranquilizou-as e tentou explicar-lhes que ouvir com o coração é uma aprendizagem que tem de ser feita. Que não sendo fácil num reino desencantado não é impossível. Tentou fazer-lhes entender que um dia também elas iriam ouvir uma voz que as ajudasse e que a vida tem diversos caminhos e escolhas.

Não foi um processo pacifico, os espinhos das suas flores picaram-na muitas vezes, a princesa simples demorou a ser compreendida se é que o foi mas continua com enlevo a cuidar das suas três belas flores e a tentar torná-las fortes e seguras.

A Voz - essa vai e vem, umas vezes acompanha a princesa simples, faz-se sentir torna-se presente, outras vezes ausenta-se por longos períodos . Faz-lhe muita falta quando não está mas a princesa simples que não se chama Cinderela nem tem fada madrinha sabe ouvir o coração e sabe que sempre que precisa ela está lá!

publicado por Subjectividades às 10:26

Era uma vez....

24.03.08

Era uma vez uma princesa que vivia num reino desencantado.

Não se chamava Cinderela nem tinha fada madrinha. Era uma princesa solitária e simples que carregava consigo muitas cicatrizes de batalhas passadas. Muitas tempestades e vendavais que aos poucos lhe tinham secado as lágrimas, empalidecido o sorriso e quase quase lhe fechavam o coração.

Vivia um dia de cada vez com alguma revolta bastantes porquês e, de seu nem sequer tinha um castelo. A única coisa que a fazia continuar eram três flores de que ela cuidava.

Eram três flores lindas, delicadas, ainda tenras a precisar de cuidados e por isso, a princesa simples todos os dias se levantava, olhava para o seu reino desencantado inundado de ervas daninhas e cuidava das suas preciosidades.

Numa dessas deambulações, num dia perfeitamente normal, a princesa começou a ouvir uma Voz!

Era uma voz desconhecida, distante mas agradável.

A princípio nem lhe deu grande importância, não passava de uma voz, no entanto e quase sem dar por isso começou a conversar com ela.

Os dias foram passando e a princesa simples foi-se habituando a ouvir e a conversar com a voz.

Não deixou de ter porquês, nem desapareceram as ervas daninhas mas o que é certo é que aos poucos foi reparando no brilho do Sol, sentindo o perfume da natureza  o azul do Céu e o seu reino já não lhe parecia tão desencantado.

Tudo no entanto continuava igual até que um dia, a voz enviou um abraço à Princesa simples.

Esse abraço, por incrível que pareça foi sentido, foi tão real, tão importante que a partir desse dia a princesa simples passou a ouvir a voz não na sua cabeça mas no seu coração.

publicado por Subjectividades às 12:41

Páscoa, madrinhas e afilhados

18.03.08

 

 

 A Páscoa como todos nós sabemos é uma festa Cristã.

Eu moro numa aldeia do norte de Portugal onde a tradição ainda é o que era. No dia de Páscoa, acordamos ao som do sino da Igreja e dos foguetes. Ainda se faz a visita Pascal, as casas enfeitam-se com alecrim, toda a gente tem na mesa cabrito e pão de ló, ainda se dá o folar aos afilhados, é um dia de festa mesmo, que termina com o recolher do Senhor ao som da Banda de música seguido de um grande arraial. 

É uma celebração digna de se ver, já o espírito dos representantes ditos de Cristo, esse aí é outra coisa. Para mim este é um dia em que mais do que lembrar-me de Cristo eu recordo os meus Padrinhos que infelizmente já não estão entre nós mas dos quais, eu guardo as melhores recordações.

E isto tudo é a propósito do meu afilhado mais novo que tem oito anos. Só é meu afilhado porque eu omiti ao Sr. padre, a minha condição de divorciada. Na altura do batizado do puto, o meu divórcio era recente, ainda não era do domínio público e o Sr. padre era recém chegado à Paroquia. Limitou-se pois a conferir que eu era batizada que tinha os pergaminhos todos (comunhões, crismã etc) e eu lá consegui ser a feliz Madrinha. Não se preocupou em explicar o sentido e a responsabilidade que acarreta ser madrinha de alguém, não, só interessava saber se eu frequentava a Igreja. Hoje em dia eu já não poderia ser Madrinha porque as divorciadas aos olhos da Igreja não são pessoas idóneas, nem bem vindas são. O mais engraçado disto tudo é que mesmo hoje em dia o Sr. Padre sabendo que eu omiti deliberadamente o facto de ser divorciada, fazendo-me sentir que não sou bem vinda na casa de Deus aos Domingos, no dia de Páscoa leva o Senhor para dentro da minha.

Como eu já referi lá onde eu moro a tradição ainda é o que era e da mesma maneira que se dá Folar aos afilhados também se dá a congra ao Sr. padre e uma gratificação para os miúdos que andam com a campainha a anunciar o Senhor bem como dinheiro para o fogo e por aí fora! Será que é este o melhor caminho para a Igreja dos nossos dias? 

É certo que eu não gosto de mentir, ele não perguntou e eu omiti mas, divorciada ou não eu sei perfeitamente quais os deveres e responsabilidades inerentes ao facto de se ser Madrinha de alguém. Provávelmente não serei Madrinha de mais ninguém mas, não é isso que faz de mim mais ou menos mereçedora. O meu afilhado vive a doze Kilómetros de mim, anda já na escola e eu sinto-me perfeitamente vingada de cada vez que ouço o puto á sexta feira telefonar e dizer " Madrinha posso passar o fim de Semana na tua casa? Posso dormir contigo Madrinha?".

É, na minha aldeia a tradição ainda é o que era mas o espírito esse acho que não tem nada a ver com os ensinamentos de Cristo.

Desculpem lá o desabafo e, Boa Páscoa!

 

 

 

publicado por Subjectividades às 11:19

Eu

14.03.08

Hoje sou...

Ave sem asa

Flor sem perfume

Teto sem casa

Chama sem lume

Sou...

Caminho sem trilho

Sol que não brilho

Folha sem árvore

Sombra sem chão

Sou...

Corpo sem pele

Sou carne viva

Sou tua sou Livre

Ferida

estropiada

Sou

 Tudo e nada

Só o silêncio me dói

MAS NÃO FENEÇO!

Não preciso de alimento

Não sou palavra sou sentir

Não peço, ofereço

Existo porque me dou

Mas,

mesmo assim Amor

porque me magoas?

publicado por Subjectividades às 11:40

Tu

11.03.08
Tu dizes Não
Eu digo Sim
Mandas-me embora
Eu não vou
Tu calas
Eu insisto
Tu Emudeces
Eu não desisto
Mas que raio vem a ser isto?
Eu pergunto
Tu não respondes
Mas é claro para quem vê!
Tudo isto é Amor
Tu dizes Não
Eu digo Sim
Mandas-me embora
Eu não vou....
publicado por Subjectividades às 14:29

Cancão da bandida

11.03.08

Eu sou bandida

Sou danada

Sou nua sou agreste

Sou uma autêntica peste

Sou teu espinho enterrado

Tua unha encravada

Sou espinha atravessada

Tua ferida que coça

Teu dente que dói

Teu calo que moí

Sou zumbido irritante

Tua dúvida constante

Tua sombra colada

Tua mesa virada

       Não!

Não importa que queiras

Não importa que negues

Não te livras de mim....

Eu sou bandida

Nua crua agreste

Uma verdadeira peste

O meu nome é VERDADE

E este jogo Amor,

Eu já ganhei.....

publicado por Subjectividades às 10:54

Até mais...

10.03.08
No seu clube eu entrei
Confesso - Não me deslumbrei
É confuso demais!
Tem frescura demais!
É, andei por lá
ups!! batalhei, insisti, resisti
Mas não deu...
Eu só falo a mesma língua
Não cursei superior, não tenho pedígree
Sou dura, pé rapado
Desculpa, não gostei do que vi.
Minha onda é sentimento
Minha morada é no peito
E pra ser do seu jeito
Não dá, tem regra demais
 
É, no seu clube eu entrei
Mas não demorei...
Adoro você, amo você
Mas aí não é meu negócio
Recusei cartão de sócio.
Não não e Adeus, só até mais!
A gente se vê por ai...
publicado por Subjectividades às 16:55

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