Desenleada de mim,

Entro em campos que afagam

os meus sentidos.

Nos olhos sombra das abundâncias

felizes que recordo.

Sinto-me flutuar como pedacinhos de papel

arrastados pela brisa.

Sigo por um carreiro de luz

e, chega até mim, clara e diáfana a tua voz!

Estática vejo o mundo a girar,

Contrai-se-me o coração no peito,

É o teu riso!

Ouço ressoar os meus júbilos...

E então, receando perder a perfeição

daquele momento,

àvida , estendo-te as mãos,

e no desfalecer dos meus braços,

os teus dão-me guarida .

Sinto-me Flor - Os meus olhos estão húmidos,

nas veias correm-me lágrimas de alegria,

O sol beija-me as faces e numa  revoada de borboletas acordo!

Depois, desbota a minha tela!

Sob um tapete de seda,

embrulho o sonho,

e tal Cinderela descalça,

deposito-o na tua janela.

E o relógio vai rodopiando, rodopiando....

publicado por Subjectividades às 09:14