A espera

10.04.08

Desenleada de mim,

Entro em campos que afagam

os meus sentidos.

Nos olhos sombra das abundâncias

felizes que recordo.

Sinto-me flutuar como pedacinhos de papel

arrastados pela brisa.

Sigo por um carreiro de luz

e, chega até mim, clara e diáfana a tua voz!

Estática vejo o mundo a girar,

Contrai-se-me o coração no peito,

É o teu riso!

Ouço ressoar os meus júbilos...

E então, receando perder a perfeição

daquele momento,

àvida , estendo-te as mãos,

e no desfalecer dos meus braços,

os teus dão-me guarida .

Sinto-me Flor - Os meus olhos estão húmidos,

nas veias correm-me lágrimas de alegria,

O sol beija-me as faces e numa  revoada de borboletas acordo!

Depois, desbota a minha tela!

Sob um tapete de seda,

embrulho o sonho,

e tal Cinderela descalça,

deposito-o na tua janela.

E o relógio vai rodopiando, rodopiando....

publicado por Subjectividades às 09:14

Poema das mil palavras

09.04.08

A minha amiga complicadinha, lançou-me um desafio que vem na sequência de uma feliz ideia do poeta informático Jose Rios ( um poema escrito a muitas mãos). Fiquei muito orgulhosa com a distinção e embora não sendo poeta é com muito gosto que aqui deixo a minha humilde participação.

 

 

Aqui vão somente umas palavras soltas

No meio de um sublime devaneio do momento

Uma paixão.... um amor levado ao vento

O prazer de escrever... exprimir o que alimentas.

 

E a sexy hot continuou... 

 

Porém, não pronuncies palavras em vão

Palavras que se perdem

No meio da nossa ilusão

Palavras duras que não cedem

 

a menina maaf continuou...

 

Palavras que nos unem e criam amizades,

 não estamos sós, somos uma multidão.

criamos um mundo próprio e tão nosso...

todos vocês têm lugar no meu coração...

 

a Miss Bradshaw ,continuou....

 

E o coraçao ,esse,bate leve levemente

Por vezes forte outras demente

Que se perde pelo sofrimento da gente

Que nao cede nem ás palavras nem á paixao....

 

Et mon ami L'etranger à continué...

 

...que se respira entre o teu corpo e o meu

alimentáda pelo desejo que em mim sustenho

na ânsia de o libertar, num grito mudo e veloz

que só a ponta dos dedos o poderá ouvir

 

 

E http://pirocas.blogs.sapo.pt/ = Donzela...

 

Quem dera ser uma carta de amor

para que tentasses ler

nas entrelinhas do meu corpo só e somente

a verdadeira essência do meu ser

 

 

 

E http://dizemquecomplico.blogs.sapo.pt/ = Complicadinha...

                                                         

         Talvez assim ente

                o despespero desta 

               que só a tua presença acalma

                 pois sem ti o mundo pára, ameaçando ruir...

http://coisasdocoracao.blogs.sapo.pt/

     

Nesta noite encarvoada

Grito ao vento quero ser tua!

E no despontar da madrugada

ofereço-te a minha alma nua  

 

E agora passo a responsabilidade à minha amiga Jianna com a certeza de que ela nos vai deliciar

 

 

 

Para conhecerem as regras e os objectivos do poema façam o favor de consultar isto.

 

 

publicado por Subjectividades às 12:44

Intrusa II

09.04.08

Cabisbaixa, viro costas

Mas não resisto...

É o velho dom da esperança,

relanço um novo olhar.

 

O mundo desaba sobre mim...

Foi um aceno que vi?

Fujo?

Não me mexo,

Céus!!! Não sei que fazer,

Não sei que dizer

Sei o que quero,

As certezas que não tenho.

 

Corro...Corro sem sair daqui

A luz... O meu sol...

A rapidez com que te tornas sombra.

E fujo ...fujo para fugir de mim...

Foste embora,

mas não foste!

 

E eu parada sem me mexer..

Será que te vi sorrir para mim?

Sabes que preciso de ti,

És a minha luz!

 

E o relógio vai rodopiando, rodopiando

 

Num lampejo de lucidez,

Ajeito a minha roupa de borboletas,

Sento-me

e espero-te.

publicado por Subjectividades às 11:25

Intrusa

09.04.08

Tentando desenganar o meu castigo

Espreito a tua janela fechada,

É o velho dom da esperança.

 

Absorvo engasgada aquele instante,

com a impressão que tudo se prolonga,

para lá da superfície do ar.

 

E naquele pulsar, louco, insano

que bombeia o meu sangue,

sinto as íris como duas luas golpeadas pelas nuvens.

 

Ali, lá, naquela janela, tu...

o meu sonho interrompido.

A transformação começa em mim,

Sou novamente a rapariga vestida de borboletas.

 

Palavra por palavra te bebo...

Palavra por palavra te repito...

Palavra por palavra te soletro...

Tu, o meu perigo da sorte,

Ali e no entanto tão longínquo !

 

E o relógio vai rodopiando, rodopiando

 

Faço dos olhos cordas e abraço-me,

prendo-me, faço-me prisioneira daquela janela.

Vejo um caminho de prata

Vou...

Porque hei-de morrer se não matei?

 

Num lampejo de lucidez,

permaneço do lado de cá

Onde o silêncio dói mais.

 

É penoso trilhar este caminho.

E, num banimento sombrio sussurro

« Volta para o lugar de onde vieste!»

 

A sorrir uma lágrima esquiva-se

pelo meu rosto,

de rapariga despida de borboletas.

 

publicado por Subjectividades às 09:02

Os Dias

08.04.08

Saio para o dia

armada até aos dentes

a máscara aferrolhada até ao limite

mas sinto na mesma fugir

o meu tecto de nuvens.

Não, não te vou deixar entrar!

mas de que me serve?

Há sempre uma parte de mim

fora de mim...

Fujo sempre pelo lado errado,

e a cada virar de esquina

estás tu!

Não, não vou oferecer ao público,

o espectáculo das minhas dores.

Rangem as fechaduras.

Sigo como as linhas de uma pauta

E, a multidão passa imperturbável

alheia ao meu pesar.

Se ao menos

tivesses deixado uma ponta,

uma frincha onde pudesse

assomar as portas agora seladas!

Queria poder chegar a ti

limpar a teia que se aquietou

nos meus olhos.

Para onde quer que me vire há

apenas o nada a envolver-me

como um som.

E o uivar da saudade

E lá vens tu outra vez!

Lesto como o vento,

nublam-se os meus olhos

E pesa o meu andar.

Não, não te deixo entrar!

Fundo em chamas o meu coração

Tapo todos os poros

e recuo para lá da linha da maré cheia.

publicado por Subjectividades às 09:46

Desafio mais um....

07.04.08

desafio da  Pingo de Mel

 

este consiste em responder a duas perguntas

 

1.porque é que tens um blog?

2.segues o meu blog? porquê?

 

1. Criei um blog por sugestão de um grande amigo meu! No início eu escrevia só para mim,

adorava a liberdade que o anonimato me dava (anonimato não no sentido de me esconder ou de enganar alguém) mas, no sentido de te expores aqui sem que quem lê, te associe seja ao que for. É altamente estimulante não sabermos se somos altas, baixas, magras ou gordas novas ou velhas, história de vida etc... ler e imaginar a pessoa do lado de lá .. . A pouco e pouco fui-me apercebendo que isto aqui se estava a transformar num cantinho muito acolhedor! Por outro lado, eu vivo numa aldeia do Norte do País, um sitio lindíssimo com inúmeras vantagens mas onde, ou te integras no modo de pensar destas comunidades pequenas e ages em conformidade, ou se por algum acaso te desvias das normas impostas, tens duas opções , sais de lá ou isolas-te.  E eu na verdade estava completamente isolada. Ter um blog ajudou-me a por um lado, conseguir falar e escrever sobre mim mesma e por outro  a sair um pouco do isolamento em que vivia e a interagir com toda a gente que aqui me visita.

 

2. Sigo o teu blog pois claro e sempre que posso comento. Faço isso com toda a gente que comenta o meu mas,  no teu caso em primeiro lugar achei o nome muito original eu que nem sequer gosto de mel! E depois quando comecei a ler os teus posts achei-te uma miúda muito interessante, com um discurso muito claro. Alguém bem estruturado com uma mente aberta que sabe bem o que quer, que discute sobre vários assuntos, que sabe para onde vai e que é além disso meiga e docinha exactamente como um pingo de mel!

 

Bem respondido que está  vou desafiar o Fugitivo  a minha amiga Ana Maria e a Tibéu .

Tenham um bom dia!

 

publicado por Subjectividades às 10:44

Escolhas!

04.04.08

Em frente...

Caíste?!?

Levanta-te...

Voltaste a cair?!?

Volta a levantar-te...

Magoaste-te...

Isso sara com o tempo!!!

Partiste a perna?!?

Arrasta-te...

mas sempre...Sempre...Em frente...

Não vieste para pedir...

Não vieste para implorar...

vieste somente para lutar...

Tens medo?!?

Está escuro?!?

Não te preocupes...Os olhos habituam-se...

Cai...Mas não pares...

ergue a cabeça...

Olha em frente

E vai...

Não te deixes levar

Pelo medo...

Vai em frente...

Mantém a alma...

Não a fé... Mas a ti...Mantém-te a ti em pé...

E o corpo acompanhar-te-á...

Dói...Mas sara...

fica a marca...Mas cicatriza...

Não tens nada a perder

Por te magoar...

Mas sim

Por te deixares mater...

Por isso vai em frente...

Por maior que seja a ferida...

É só levantares esse coração...

De todos os poemas da Tânia Salgueiro impressos neste livrinho, o que mais me tocou foi este.

Quando acabei de o ler , deu-me uma vontade de o declamar aos meus filhos e terminá-lo com E eu estou aqui para ajudar!

São coisasdocoração , são leituras que faço, são reflexões que vou fazendo, situações em que me revejo, como diz a autora pensamentos, Sentimentos e desabafos.

Os poemas não são meus mas o sentimento é por isso mesmo dedico este poema a todas

as pessoas que frequentam este cantinho.

E por hoje chega!!!

Tenham um Bom Fim de Semana

publicado por Subjectividades às 15:08

Será?!?

04.04.08

Não acredites

Não acredites

Quando te dizem dar o mundo...

É só uma frase decorada...

Uma linda frase memorizada...

Uma bonita frase programada...

Não acredites

No "confia em mim"...

É só mais uma frase configurada...

Meu doce...Somos robots...

Treinados para dizer isto

Programados para dizer aquilo...

Ensinados a pôr uma máscara,

A esconder o rosto...

O verdadeiro eu...

Mentem-te sobre a tua vida...

Sobre a tua estrada...

sobre os caminhos...

Não ligues...Tapa as peças a que chamas ouvidos...

Isso que bate,

A que chamamos coração...Não é órgão ...

não é o centro das emoções...

Não há emoções...

Não acredites...No amor...

O amo-te...É só mais uma frase...

Composta pelo código binário...

é mecânica...nada é orgânico ...Nada é sentido...

Meu doce...E de amizade então...

Não ouças... O"conta comigo"...

O " Estou sempre contigo"...Não ouças...

Tapa esses buracos a que chamas olhos

para não teres de ver as pessoas que te prometem...

São as que mais depressa te abandonam...

Não há sentido nestas frases...

Não há sentido nestes sentimentos...

Somos robots...Treinados para responder

Em nome da cortesia...

Parafusos, ferro...

Compostos por tudo...

Excepto por órgãos ...

Isto é uma armadilha...

Não caias nela...

Não ouças, não vejas...

essas frases mentirosas...Programadas...

Guarda-te para ti...

Confia em ti...

Só...Em ti...

Não contes com ninguém...

Ninguém está aqui para te segurar...

Por mais leve...

Ainda não arranjaram parafusos que suportem

tanto peso...

Ou que sejam ...realmente.. Órgãos ...

Sentimentos....

Portanto...

Sê para ti...

Só para ti....

                                                                     Tânia Salgueiro

Agora muito sinceramente digam-me alguém fica indiferente a isto?

Alguém nunca passou por isto?

Alguém nunca se questionou acerca disto?

Mas eu termino com uma frase de Joan Baez que ilustra tão só o meu ponto de vista

" Não podemos escolher como vamos morrer. Nem quando. Podemos apenas escolher como queremos viver, agora."

Eu...desculpem-me mas adoro ler

publicado por Subjectividades às 13:26

Razão ou coração?!?

04.04.08

És uma Pedra...

 

Seguir o coração?!?

Ouvi-lo?!?

Nunca o faças...

Nunca o ouças...

É o mais perigoso que podes fazer...

Vive a razão,

Afinal de contas, é a razão...

Portanto tem sempre razão!!!

Ele não te dá o elo certo,

Não te dá o errado...

Dá-te a felicidade...

felicidade momentânea...

Que depois te tira

De forma tão rápida

Como te ofereceu...

Por mais que ele te chame,

Por mais que ele te bata,

Por mais que ele te diga

Que vive por isto, por aquilo...

Por aquele...Ou pelo outro...

Não te fies

Se ele te disser

Que não pode sobreviver,

Não acredites...

Se ele te disser

Que não há nada que possas fazer...

Conta-lhe só que ele é um mentiroso...

Porque tu podes...E...

Deves...

Viver sem ele...

Não, não, não olhes ao que ele diz...

Não faças caso do que ele faz...

Sê dura, inflexível

Porque só assim serás infalível...

Não terás medo de te magoar...

Pois nem hipótese haverá...

O coração...

É uma ilusão...

Não passa disso...

A felicidade

Encontrada ao ouvi-lo

É tão falsa quanto ele...

Não te fies, não te fies...

Consegues sentir a pedra

Que está lá?!?

Eu consigo

Sinto-a bombear o sangue...

Apenas a   bombeá-lo ...

Aprendi a ignorá-lo...

A fechar os olhos...

A fechar os ouvidos...

É uma pedra....

 

Não resisti, simplesmente não resisti a postar aqui este poema que mais uma vez embora não tenha sido num impulso se revelou um verdadeiro prazer!
Este poema é de um livro que fui buscar à biblioteca.
«Pensamentos sentimentos e Desabafos de Tânia Salgueiro» é um livrinho pequenino de poemas da editora Corpos que me encantou.
Este És uma Pedra por sinal vai contra tudo aquilo que eu defendo no entanto eu também já senti assim, já tentei encarar o coração como uma pedra passei bastante tempo a mentir a mim mesma, foram tempos de revolta de desencanto e de dor também.
Mudei, deixei de mentir a mim mesma e finalmente sinto-me em paz!
Não sei de que lado está a verdade se a do poema se a minha mas eu prefiro sentir chorar sofrer magoar-me do que viver escudada pela razão que até pode ter toda a razão do mundo mas é completamente estéril, vazia, só....
São coisasdocoração mas é este o caminho que eu escolhi.....
publicado por Subjectividades às 10:55

Impulsos

03.04.08

Não sou muito de agir por impulso mas, às  vezes também me acontece.

O outro dia resolvi oferecer uma prenda a mim mesma e claro lá entrei numa livraria!

Dei uma vista de olhos como é costume e eis que deparo com um livro com um titulo muito sugestivo..." Onde vais Isabel?"

Olhei para aquilo, não conhecia a autora nem a editora.

Bem, num impulso agarrei nele, paguei e só em casa fui bisbilhotar.

Por sorte, por pura sorte aquele revelou-se um impulso muito acertado!

Não preciso dizer que gostei do livro, gostei muito da maneira como a autora Maria Helena Ventura o escreveu e dou os meus parabéns à editora Saída de Emergência.

Onde vais Isabel é uma viagem pelo tempo e pelo coração de uma das grandes figuras da história de Portugal - Isabel de Aragão a esposa de D. Dinis, a nossa rainha das Rosas.

Não estou aqui para  fazer publicidade ao livro mas simplesmente para constatar que é uma pena que as editoras apostem e façam publicidade cada vez mais a livros que eu classifico como extensões de revistas cor de rosa.

Já  repararam que agora qualquer um publica um livro bastando para isso que seja habitué das colunas sociais.

É uma pena realmente que tudo o que seja futilidade, dizer mal ou o vasculhar da vida alheia tenha sucessos de vendas e que livros muito interessantes, livros que além de apaixonantes nos transmitem alguma coisa não cheguem ao grande público.

Razão tem o João Cordeiro que é outro que não é afilhado de ninguém!

Bem continuando " Onde vais Isabel? " não me disse mais nada senão que vou continuar a frequentar livrarias e que á s vezes h á  impulsos que vale a pena ter! 

publicado por Subjectividades às 09:52

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