Ás vezes....

31.08.10

Ás vezes

Cirzo-me,

coso com fios de ferro

que se emaranham uns nos outros

clamando por saídas.

Entre envolventes cadências de uma quase liberdade,

 grito e grito e grito,

até rebentar as artérias....

Abrem- se as portas que estavam seladas!

Sinto o sangue a transmudar em ferro, e a carne a virar aço.

Subjugada por inteiro num mar de raiva que me agita as entranhas,

Embaralham-se-me os sentidos.

Conjuro...tento compreender!

E eis que sobrevém outra vez...

Sinto-me fender,

estilhaçar,

Vem de seguida a raiva liquida que me faz faiscar os olhos,

Quero mais uma vez gritar e gritar...mas os gritos morrem na garganta.

Desenleada de mim e do meu monstro,

Aprisiono os demónios em palavras e com um suspiro,

volto a selar as portas.

publicado por Subjectividades às 13:12

Em jeito de reflexão...

27.08.10

"A vida só nos dá aquilo que podemos suportar...." 

Quase parece que estou a fazer concorrência à minha amiga (Cuidando de mim) que está a atravessar uma fase de grandes máximas....

Nada disso, tive só uma semana má!

Mas como escreveu a minha filha mais nova;

 Nem sempre as notícias são boas notícias e nem sempre o vento sopra a nosso favor. Há coisas assim, não se controlam, e para além das mudanças climatéricas, também os estados de alma são apenas e só isso mesmo...estados incontroláveis e felizmente momentâneos!!

 

Um Bom Fim de Semana

publicado por Subjectividades às 15:20

Livros

20.08.10

Mais um livro que merece um lugar de destaque!

Há livros que nos encantam, outros que nem por isso, há livros bons e livros menos bons.

Há os que a gente devora num ápice e aqueles que a gente lê e relê e nunca se cansa!

Mas este, eu catalogaria como um livro de descoberta.

Pode ser abordado por vários angulos, até porque subjacente á amizade temos o universo  da música, do jornalismo, dos sem abrigo, das doenças mentais e até das relações familiares.

A mim fez-me reflectir, fez-me interiorizar o pouco que todos nós sabemos acerca da complexidade do ser humano.

Muito para além da amizade e da humanidade de um jornalista por um sem abrigo, há todo um universo que se me abriu.

Fez-me olhar para a realidade das doenças mentais e perceber como todos nós somos frágeis e quanto é redutor o olhar que nos merecem os sem abrigo. Fez-me perceber as falhas de um sistema de saúde num País onde não era suposto existir tão pouco apoio e fez-me perceber como é duro o trabalho social.

Até que ponto estamos (sociedade e comunidade) preparados para lidar com a diferença que caracteriza os doentes mentais? Até que ponto saberemos lidar com o real e a fantasia que habitam nas cabeças destas pessoas?
São muitas questões num livro que, enganadoramente, até pode ser tomado como sendo de fácil leitura.

Numa escrita nua e crua, despida de adjectivos o autor mostra-nos como na nossa vidinha ocupada e stressada até ao milimetro é afinal tão fácil encaixar a vertente da solidariedade.

 

Bom fim de Semana!

 

 

publicado por Subjectividades às 10:37

Cinema

19.08.10

http://listadefilmes.com.web.simplesnet.pt/capas/2010/03/contraluz.jpg

Sinopse

 

Várias pessoas sem ligação entre si estão em situações de extremo desespero quando algo inesperado acontece que irá mudar radicalmente o rumo das suas vidas. Caberá a cada um moldar o seu destino de modo a reencontrar a felicidade. Mas há destinos que só se alcançam depois de alterar o dos outros.

 

Pois é, ontem fui ao cinema.

Mas não gostei!

Para falar bem ou mal do filme em si, existe é claro a critíca especializada!

Eu até posso ser muito ignorante nesse aspecto, mas um filme que passa em circuitos comerciais tem acho eu, a função de agradar e é nesse sentido que eu digo que não gostei.

É um filme português feito na América e só!

O sentido do argumento perde-se naqueles dialógos ridículos, não tem ritmo, não tem sequência, não tem alma.

A qualidade da imagem é boa mas exagera na contraluz, o início dá-nos uma certa expectativa, tudo o resto é previsível e quase infantil eu diria.

Mistura o drama que é o suicídio, com momentos de pseudo humor ( píadas mais que conhecidas), dá-lhe um cheirinho a Portugal mas com músicas do tempo dos filmes a preto e branco, e se o ritmo é fraco, a repetição dos momentos e a câmara lenta, acabam com ele.

Para quem me conhece bem, sabe que eu não falo nem bem nem mal, só porque é Português, nada disso.

Fui ao cinema ontem, num impulso e sem grandes expectativas.

Não gostei e continuo a achar que não há nada que exceda um bom livro.

 

 

publicado por Subjectividades às 10:25

Em jeito de conversa...

16.08.10

Homem ou mulher eis a questão!!

Bom, não imaginava que à conta dos sonhos da minha amiga Cuidandode Mim , me ia rir tanto hoje.

Aliás não esperava mesmo porque, ela habituou-nos à meiguice, á humanidade, à fragilidade pelo menos é assim que eu a vejo.

A desconfiança ou até a irreverência não combinam muito com ela, mas saber o quê...., o que vem muito a propósito desta questão, Homem ou Mulher??

O facto de ela poder "hipotéticamente" ter duvidado que eu seria uma mulher, nem é até assim tão estranho como isso!

Todos nós sabemos que aqui tudo é possível!

 Todos nós conhecemos casos, e eu como mulher sei de casos em que eles se apresentam (podres de bons), altos, magros , de olhos lindos, (que não se vêm com os de óculos de sol), licenciados  com diversas profissões,  bem de vida e que na realidade, são baixos, gordos,  olhos pardos, dentes tortos e uma tremenda de uma lata,  que usam e abusam, das fotos com mais de 20 anos ou até de irmãos sobrinhos ou filhos...

Também há os casos delas, que se fazem muito amigas da fulana A só porque até está na rede de B, de outras que inventam perfis inimagináveis com conversas, desabafos e histórias de vida que poderiam figurar no incrível.

Aqui vale tudo e a imaginação, já para não falar da  desonestidade, não tem nalguns casos, limite.

Mas, também tem gente boa, (como eu claro), e já toda a gente sabe o que esperar das chamadas redes sociais.

Eu lembrei-me de falar disto, desta questão Homem/Mulher porque, durante a minha adolescência eu preferia sem dúvida ter nascido Homem.

E reclamava, e dizia muito cheia de mim, que a vida só era fácil para os homens, que os homens podiam tudo, que este mundo estava feito para eles, que ser mulher era uma seca enfim....tretas!!

Hoje muito mais mulher, muito mais inteligente, não penso nada assim.

Ser mulher é ser aquilo que eu quiser, aquilo a que eu me propuser, não é ser mais ou ser menos que qualquer homem mas ser Eu , ser dona do meu corpo do meu intelecto, da minha vontade, da minha vida!

Homem ou mulher que importa, nenhum de nós tem a vida mais facilitada e, todos nós temos a mesma meta, o mesmo anseio, conhecermo-nos a nós mesmos e, nesse processo tentar entender este mundo em que nos movemos e sobretudo sermos felizes.

A maneira de cada um o conseguir pode diferir mas o que importa mesmo é chegar lá.

E por via das dúvidas CuidandodeMim, sou Mulher sim e com muito orgulho!!!

 

 

Ps- Nunca me aconteceu mas, apaguei sem querer um comentário, aliás 2;

Á minha amiga Cuidando de mim já respondi, mas recebi um do flyingwind, que achei muito interessante e fui copiá-lo ao email:


Comentário:
Bem, essa do mundo ter sido feito para os homens é uma bela duma conversa... É-nos exigido que sejamos bem sucedidos profissionalmente aconteça o que acontecer. Se a mulher vive à custa do homem é normal, se for ao contrário ele é um inútil e um parasita da sociedade. Nós temos que ser uns machos latinos cheios de virilidade mesmo que tenhamos feito uma directa preocupados com 500 problemas em todo o lado. Para tentarmos conhecer uma mulher temos que meter conversa, arranjar mil e uma formas de chamar à atenção, levar 850 "nãos", rirem-se de nós por termos tentado e levado uma nega... Para vocês basta esperar... Se não houver ninguém a tentar qualquer coisa: "à e tal, sou como a fruta mais suculenta que está no topo da árvore: vou ser apreciada por um homem determinado, corajoso e que sabe escolher qual a melhor fruta, e fará tudo para a apanhar!"... Mundo de homens... Só se for noutro planeta qualquer...

 

Desculpa lá flyingwind, mas vou responder aqui.

- É uma bela de uma reflexão sim senhor e reconheço que tens a tua razão!

É a pressão associada ao mito.

Pressão para controlar o colesterol, para produzir mais, para ser o melhor , a mulher precisa, os filhos exigem, o transito impõe, há que ter sempre mais e ser sempre mais, ter férias melhores que o vizinho, conduzir mais rápido que o cunhado, conhecer o maior número de louras e por aí fora...

Como sabes o mito é uma espécie de teatro com várias falas e vários personagens. Todos nós vivemos diversos papéis e grande parte deles baseiam-se naquilo que está instituido, ou naquilo que os outros acham, mas chega sempre uma altura em que nós próprios temos de "Ser" o papel principal e então numa espécie de monólogo interior, começamos a perceber que num mundo de homens e mulheres importa mesmo é aquilo que nós queremos para nós, a partir daí é só crescer!

Um abraço

publicado por Subjectividades às 12:15

E já cheira.....

13.08.10

Vai um cafézinho?

Agora no final de expediente e já a cheirar a final de semana até que sabe bem!

Foram-se as férias mas restam sempre os fins de semana verdade??

No meu caso por exemplo, é tempo de me juntar à familía, de rever os vizinhos,

os amigos de cá, dar um trato na casa que ainda mal lá fui, de aos poucos ir

 retornando aquela rotina que não deixa de ser gostosa também!

Um bom fim de semana e, para os que vão de férias, toca a aproveitar !!!

publicado por Subjectividades às 16:28

Pois é.....

12.08.10

Adeus aos chinelos, aos pés descalços....acabaram as férias!!!!

E vocês como estão todos??

Já dei umas voltinhas por cá e tal como diz a minha amiga Marta,

"Longe vão os tempos", em que eu chegava aqui e tinha montes de

comentários e montes de coisas para dizer....

Acho que vou começar outra vez a falar de AMOR, ahahahahah

 

Já cusquei toda a gente e logo logo, vou meter a minha colher!!!

Não é fácil habituar-nos outra vez aos horários rigídos, á fatiota, á maquilhagem....

mas digam lá se os sapatos não são lindos??

 

 

publicado por Subjectividades às 16:55

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