Depois de um dia de trabalho daqueles bem aborrecidos, já fui ás compras, já jantei, já liguei aos filhotes, tenho a lareira acesa e um livro nas mãos mas, aqui para nós que ninguém nos ouve, há dias em que os livros não substituem pessoas e apetece um pouco de calor humano.
Apetecia-me uma daquelas fabulosas conversas de café, com uma boa música de fundo onde entre burburinho e fumo de cigarros se têm grandes discussões filosóficas.
Onde cada um fala e discorre á vontade num ambiente informal, sem preconceitos nem falsos pudores.
O que é certo é que aquilo que aqui há uns anos era prática comum, hoje em dia com a vida corrida que todos nós temos só com marcação e um exaustivo planeamento.
Mesmo assim, eu vou imaginar que aqui o meu PC é uma mesa de café, o ruído de fundo da televisão é o burburinho, o cigarro bom esse é companhia habitual , a bica já está a fumegar aqui á minha frente e vocês são meus convidados. O mote para hoje é:
- A memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios.
Vá lá surpreendam-me!