AMOR, palavra linda, doce, harmoniosa....

Amor evoca coisas boas, alegria, paixão, emoção felicidade...

Só que felicidade e infelicidade, amor e dor não são dois valores opostos na escala das emoções humanas. Se assim fosse não existiria nem tristeza serena, nem alegria maldosa.

Amor e dor são dois processos paralelos, duas correntes que conseguimos sentir e utilizar.

Por vezes são as pessoas que mais amamos que mais dor nos causam e aí surge o desamparo, que fica, dói e mói.

Escava em nós um vazio que provoca a busca errante e desesperada de quem nos dê a mão.

Todos nós nos achamos no direito ao amor sem mácula e quando isso não sucede, não quer dizer que não tenha sido amor, foi tão só o outro lado do amor.

Temos também tendência a gostar de quem não gosta de nós, pessoas que não querem, não podem ou não sabem envolver-se connosco. Não vemos e nem ligamos ás outras que estão disponíveis. Não é fácil aceitar que alguém que se quer, não nos veja como desejáveis, que nos ache desinteressantes. Precisamos de perceber o incompreensível, de encontrar razões, sofremos mas sobrevivemos.

Poucas vezes aprendemos o suficiente, muitas vezes aprendemos tão pouco que repetimos a experiência mas tudo isto não deixa de ser amor, é tão só o outro lado do amor.

O amor sem dor , sem condições é um amor mítico, é um conceito.

O amor incondicional é só uma figura de estilo e a incondicionalidade é só uma ideia, não um tipo de relação e, como todos nós sabemos, uma relação é a dois.

A verdade não ajuda a sofrer menos ou a amar mais. Não se preocupe em entender, viver e amar ultrapassa qualquer entendimento. Viva só com a certeza que existe sempre o outro lado.

publicado por Subjectividades às 20:00