É bom poder falar-te de boca fechada

sabendo que o silêncio das nossas vozes

nos é audível.

Chamo pelo teu nome que pousa na minha voz.

Ouço a tua voz na minha onde

o silêncio cai a prumo.

Quando te olho, a um canto desse outro mundo

redondo que é o amor,

enche-se de luz a sombra!

Uma borboleta pousa no meu olhar.

Lembro-te em todos os formatos da lua,

em todos os azuis do céu, nas raízes dos

sentimentos.

Chegas nas ressonâncias nocturnas,

és a substância do que sonho.

Não sabes dos dedos que te afagam.

Sobram-me abraços,  beijos...

Das janelas do meu rosto,

brotam aguaceiros invisíveis.

Deixa-me que deixe de me preocupar em vão.

Detida nas pregas da manhã

Tudo é verde

Até a sombra e o cansaço!

Dia após dia o mesmo impasse...

Tenho tantas saudades de Ti.

publicado por Subjectividades às 09:15