Já aqui vos falei da minha paixão por psicologia!
Pois bem aqui e agora, ao som do marulhar das ondas, vou contar-vos uma história.
Há uns tempos atrás aceitei fazer parte integrante de um estudo sobre psicologia comportamental.
O meu papel no desenvolvimento da referida tese teve um enfoque particular nas relações online, de modo a conseguir identificar as diferenças entre os “eus reais e virtuais”.
A análise comportamental tem várias afinidades epistemológicas conceptuais e metodológicas sendo que o resultado deste estudo se centrou também na imagem que todos temos de nós mesmos -  Auto imagem e ego.
Bem meus amigos, tudo aquilo que aprendi e que vivi ao longo desta experiência vai muito além de tudo o que possam imaginar!
Mas não consegui conclui-la!
Durante todo este processo tive acompanhamento profissional e personalizado e os mentores deste projecto estiveram sempre na condução da intervenção ou seja, sempre em cima do acontecimento.
Mas, assim que  este estudo passou a contar também com a interacção não verbal, começaram as minhas dúvidas acerca da ética, do meu próprio comportamento e dos meus limites.
Enquanto nós próprios nos servimos de pessoas, ideias, de coisas, o problema por vezes passa por ser mais interior e psicológico do que exterior e objectivo.
O comportamento online é sem dúvida muito mais livre que o comportamento real e o poder da palavra pode efectivamente sobrepor-se a qualquer variável dependente ou independente.
Eu já não conseguia ser objectiva na continuação de todo este processo.
Entendi que importa sem dúvida que as coisas sejam vistas como são, para nos vermos exactamente como somos! Mas afora isso qual é a natureza do saber?
Queria agradecer contudo ao Dr. Domingos Silva, á Dr.ª Joana Inácio bem como à minha filha mais velha por toda a força e apoio moral, ao meu filhote pelos conhecimentos informáticos, ao Sr.João Nuno Duarte Soares, parte importante e fundamental deste projecto, e a todos vocês que sem saberem, colaboraram e me provaram que salvo raras excepções o comportamento virtual reflecte sem dúvida o real em pessoas sãs, sem comportamentos desviantes.
Sou a mesma Isabel, hoje talvez um pouco mais sábia mas, sempre sempre a vossa
Coisasdocoração.
publicado por Subjectividades às 15:22