Mais um livro que merece um lugar de destaque!

Há livros que nos encantam, outros que nem por isso, há livros bons e livros menos bons.

Há os que a gente devora num ápice e aqueles que a gente lê e relê e nunca se cansa!

Mas este, eu catalogaria como um livro de descoberta.

Pode ser abordado por vários angulos, até porque subjacente á amizade temos o universo  da música, do jornalismo, dos sem abrigo, das doenças mentais e até das relações familiares.

A mim fez-me reflectir, fez-me interiorizar o pouco que todos nós sabemos acerca da complexidade do ser humano.

Muito para além da amizade e da humanidade de um jornalista por um sem abrigo, há todo um universo que se me abriu.

Fez-me olhar para a realidade das doenças mentais e perceber como todos nós somos frágeis e quanto é redutor o olhar que nos merecem os sem abrigo. Fez-me perceber as falhas de um sistema de saúde num País onde não era suposto existir tão pouco apoio e fez-me perceber como é duro o trabalho social.

Até que ponto estamos (sociedade e comunidade) preparados para lidar com a diferença que caracteriza os doentes mentais? Até que ponto saberemos lidar com o real e a fantasia que habitam nas cabeças destas pessoas?
São muitas questões num livro que, enganadoramente, até pode ser tomado como sendo de fácil leitura.

Numa escrita nua e crua, despida de adjectivos o autor mostra-nos como na nossa vidinha ocupada e stressada até ao milimetro é afinal tão fácil encaixar a vertente da solidariedade.

 

Bom fim de Semana!

 

 

publicado por Subjectividades às 10:37